Retorno

Recebi um e-mail da Capitã dizendo: estou de volta. Reativei nosso blog.

Corri pra cá e me emocionei. Fiquei feliz em ver os sentimentos de minha amiga novamente. Fiquei feliz em ver que, apesar da distância e do tempo, continuamos conectadas: este poema de Augusto dos Anjos está entre meus favoritos. Quando digo que escrevo poesias, há pessoas que falam “oh, que bonitinho, você é romântica...” ou “oh! Está apaixonada?”. Recorro aos Versos Íntimos de Augusto dos Anjos. Confesso, é como se eu escarrasse no ouvinte. Olhar de asco é costumeiro. Versos fortes jogados na cara. Realidade jogada na cara. “Como pode gostar desse tipo de poesia?”, perguntam-me. Gosto da verdade, ainda que dura, mas real. Poesia não são apenas borboletinhas no campo e donzelas em pedestais. Poesia é sentimento em verso. Seja de amor, de dor, de ódio. Poesia é o que se sente.

Realmente me emocionei em ver este blog novamente ativo.

Senti saudade de quando escrevia.

E me animei a escrever novamente.

Amo escrever, mas não tenho constância. Deixo-me levar pelo dia-a-dia, insiro novas rotinas e adio as palavras. Adio o que sou e o que gosto. É costumeira a inércia me levar pela mão. É uma luta constante.

Fico feliz por ler e escrever aqui novamente (novamente? Creio que ainda não havia escrito... rsss)

Creio que foi a melhor forma de responder o e-mail da Capitã.

Bem vinda de volta, amiga.

Bem vinda de volta, eu.

Fabulemos!

Confabulemos!!